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terça-feira, fevereiro 01, 2011

A Marambaia, o Cinema e o Fórum Social Mundial

Da Marambaia à África: O cinema social presente

Nesta terça-feira (01/01), a praça Tancredo Neves, será palco da 1ª Reunião  Aberta do MOCULMA em 2011, onde serão tirados os últimos encaminhamentos para a tão esperada Mostra de Filmes do II Festival Internacional de Cinema Social - FEST-FISC, cuja segunda versão acontece, simultaneamente, em Dakar (Senegal) e em Belém, durante os dias 8, 9 e 10 de fevereiro de 2011, mais precisamente na praça Tancredo Neves, bairro da Marambaia.

Atividade cultural autogestionada do Fórum Social Mundial, aberto para todos os formatos, tecnologias e linguagens, o FEST-FISC, recebeu filmes das mais diversas origens e propostas estéticas e não tem caráter competitivo: todos os seus participantes recebem “Menção Honrosa”.
 

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Carta do Fórum Social Pan-amazônico

Realizado em Santarém durante os dias 25 à 29 de Novembro, o Fórum Social Pan-Amazônico é definido pelos seus organizadores como "um passo adiante para unirmos as resistencias dos povos indígenas, comunidades tradicionais, ribeirinhos, quilombolas, extrativistas, camponeses, trabalhadores da cidade e do campo no rumo da construção de uma Pan-Amazonia que pertença efetivamente aos seus povos".


Carta de Santarém

Temos uma utopia: A construção de um continente sem fronteiras, a Aby- Ayala, terra de muitos povos, iguais em direitos e solidários entre si. Uma terra livre de toda opressão e exploração.

A vida em harmonia com a Natureza é condição fundamental para a existência de Aby-Ayala. A Terra não nos pertence. Pertencemos à ela. A Natureza é mãe, não tem preço e não pode ser mercantilizada.
Compreendemos que Aby-Ayala deva ser construída a partir de estados plurinacionais que substituam o velho estado centralizador, patriarcal e colonial, dando à luz a novas formas de governo, onde a democracia se exerça de baixo para cima, seguindo a máxima do mandar, obedecendo, onde exista um diálogo de saberes e culturas, onde cada povo seja livre para decidir como quer viver.

A participação plena e igualitária das mulheres é uma condição fundamental na construção das novas sociedades. Da mesma forma a proteção integral das crianças, como portadoras do futuro da Humanidade.
A Terra, nossa casa comum, se encontra ameaçada por uma hecatombe climática sem precedentes na história. O derretimento dos glaciares dos Andes, as secas e inundações na Amazônia são apenas os primeiros sinais de uma catástrofe provocada pelos milhões de toneladas de gases tóxicos lançadas na atmosfera e os danos causados à Natureza pelo grande capital, através da mineração descontrolada, a exploração petrolífera na selva e o agronegócio. Tal situação é agravada pelos mega-projetos, integrantes do IIRSA, como são a construção de hidrelétricas nos rios amazônicos e as grandes rodovias que destroem a vida de povos ancestrais, criando novos bolsões de miséria. Para deter este ciclo de morte é necessário defendermos nossos territórios exigindo o imediato reconhecimento e homologação das terras indígenas, titulação coletiva das terras quilombolas e comunidades tradicionais, bem como o pleno direito de consulta livre bem informada e consentimento prévio para projetos com impacto social e ambiental, preservando assim nossa terra, nosso modo de viver e a nossa cultura, defendendo a natureza e a vida.

Defendemos e construímos a aliança entre os povos da floresta, dos campos e das cidades. Fazem parte de nosso patrimônio comum a luta dos camponeses pela terra, os direitos dos pequenos agricultores a assistência técnica, credito barato e simplificado, e os justos reclamos por saúde, educação, transporte e habitação dignas para todos. Lutamos por uma sociedade sem exclusões, com liberdade, justiça e soberania popular. Combatemos no dia-a-dia todas as formas de exploração e discriminação baseadas em gênero, etnia, identidade sexual e classe social. Particularmente nos esforçaremos para superar a invisibilidade da população afrodescendente nas suas lutas e propostas sobre poder, autonomia e território.

 A Amazônia Sul-americana possui problemas urbanos extremamente graves, nesse sentido é fundamental lutar pela construção de cidades justas, democráticas e sustentáveis, adequadas as diferentes realidades desta região, contemplando a diversidade dos atores sociais que vivem nessas cidades.

Na Pan-Amazônia, como em toda a América Latina, enfrentamos o militarismo que atua como mediador entre o colonialismo e o imperialismo. Condenamos a utilização das forças militares, corpos policiais, paramilitares e milícias como agentes repressivos das lutas dos povos, bem como os intentos de se utilizar a Justiça para criminalizar os movimentos sociais, a pobreza e os povos indígenas. Denunciamos a presença de tropas norte-americanas na Colômbia e a reativação da IV Frota estadunidense como ameaças à paz no continente. Repudiamos o colonialismo francês na Guiana e apoiamos os esforços de seus povos para alcançarem a independência. Nos manifestamos contra o golpe militar em Honduras e a ocupação militar do Haiti. Da mesma forma protestamos contra as barreiras que procuram impedir a livre circulação dos povos entre nossos países, defendemos o direito dos migrantes de terem uma vida plena e digna no país que escolherem para morar.

 Lutamos por construir países apoiados em economias que mantenham a soberania e a segurança alimentar, que desenvolvam alternativas aos modelos predatórios e extrativistas e que tenham na economia solidária e na agroecologia, pilares na edificação do bem estar social. Para nós os saberes ancestrais são fontes de aprendizagem e ensinamento em igualdade de condições com o chamado conhecimento científico; a democratização dos meios de comunicação uma necessidade inadiável; a liberdade de expressão e a apropriação das novas tecnologias um direito de todos; bem como uma educação que estimule o diálogo, os contatos sem barreiras, os dons e talentos individuais e coletivos que dissemine valores humanos, abrindo caminho para a transformação íntima e social.

Reafirmamos nossa identidade amazônida através de nossas múltiplas faces, honrando a tradição e construindo o novo. Fazem parte desta identidade as línguas originais dos nossos povos e seus conhecimentos tradicionais.

Estes são os nossos compromissos. Devemos transformá-los em ação. 

LINHAS DE AÇÃO:

- Lutar pela produção de outras formas de energia em pequena escala, fortalecendo a autonomia e a autogestão da Amazônia e de suas comunidades;


- Realizar campanha pelo reconhecimento, demarcação e homologação das terras indígenas, titulação coletiva das terras quilombolas e de comunidades tradicionais;

- Lutar pela titulação de terras aos trabalhadores do campo e da cidade;

- Realizar campanhas pela aprovação de leis regulamentando a consulta prévia livre bem informada e consentimento prévio para projetos com impacto social e ambiental nos países Pan-Amazônicos;

- Organizar fóruns regionais para troca de conhecimentos e implementação de ações, com organizações de outras regiões, em cada local onde a Mãe Terra esteja sendo agredida, ou ameaçada;

- Participar das redes que investigam a ação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Brasil), contribuindo para obstruir os financiamentos a projetos que destroem o meio ambiente;

- Promover ações articuladas de denuncia e pressão contra projetos de caráter sub-imperialista do governo brasileiro na Pan-Amazônia;

- Unificar as lutas contra a construção de represas hidrelétrica nos rios da Amazônica, em especial as lutas contra Belo Monte, Inambary, Paitzpatango, Tapajós, Teles Pires, Jirau, Santo Antonio e Cachuela Esperanza;

- Realizar encontros e marchas denunciando as diversas formas de opressão, como o machismo, racismo e homofobia, e apresentando as soluções propostas pelas organizações e movimentos sociais;

- Pensar formas de avançar nos processos de debate e avaliação coletiva, incluindo a elaboração de materiais que possam auxiliar nestes momentos;

- Avançar na elaboração de propostas para garantir vida digna a todos os povos da Pan-Amazônia, considerando suas diferenças intra e inter-regionais;

- Mobilizar as sociedades civis Pan-Amazônicas, contra as falsas soluções de mercado para o clima, como o REDD;

- Desenvolver lutas contra o patenteamento do conhecimento das populações tradicionais, que apenas promovem os interesses das grandes corporações transnacionais;

- Mobilizar as organizações contra as estratégias dos governos e das grandes empresas, voltadas à flexibilização da legislação ambiental na Pan-amazônia;

- Lutar pelo reconhecimento legal de “territórios livres da mineração” e de outros empreendimentos, nos ordenamentos jurídicos dos países da Pan-Amazônia;

- Articular a criação do “Dia da Pan-Amazônia”, onde todas as organizações realizem manifestações e discussões conjuntas, chamando a atenção mundial para os problemas ambientais, sociais, econômicos, culturais e políticos que ocorrem nesta região;

- Constituir um centro de comunicação do FSPA, de maneira compartilhada, com a função de interligar os movimentos sociais da Pan-Amazônia, socializar debates e iniciativas de ação;

- Divulgar as ações, discussões e resultados do FSPA nas comunidades, através de uma rede de comunicação;

- Construir uma presença marcante da Pan-Amazônia na reunião do FSM em Dakar, no Senegal, em fevereiro de 2011;

- Inserir o FSPA em redes e articulações que tenham causas comuns;

- Realizar o FSPA de dois em dois anos, em países diferentes, com candidaturas antecipadas que deverão ser aprovadas pelas instancias do FSPA.



Santarém, 29 de novembro de 2010.

domingo, janeiro 25, 2009

Corrida dos Direitos e da Solidariedade do FSM

No sábado, dia 31/01/2009 as 16:00hs partirá uma corrida denominada “dos direitos e da solidariedade”.
A partida será feita na área externa do Fórum Social, entre o segundo e o terceiro portão da UFPA e o percurso previsto é de cerca 6 km, atravessando os bairros do Guamá e Terra Firme.
Será uma corrida livre, aonde se poderá correr, marchar, caminhar, porque o importante é a participação á iniciativa, que tem como finalidade levar o Fórum Social Mundial para fora de sua sede, em contato com a população de Belém e vice e versa. A inscrição é gratuita. Quem quiser participar poderá se inscrever na área “Esporte para todos”, nos locais que serão colocados dentro do espaço do Fórum Social, na Sede do Centro de Segurança da Cidade, localizado no Bairro do Guamá e na sede do SESC, localizado na Avenida Doca de Souza Franco. A iniciativa será organizada pela UISP com a colaboração do SESC, dos organizadores do Fórum Social Mundial, associaçoes brasileiras, Secretaria de Esporte e Lazer do Governo do Estado do Para – SEEL, ARCI, Coordenação Italiana FSE – FSM e Região Toscana (Itália). Informações pelos emails: m.tossini@uisp.it ou ascomseel@gmail.com

Ana Júlia fala sobre o FSM

A Coluna Por Dentro do portal das ORM publicou entrevista com a governadora Ana Júlia, anfitriã mor dos participantes do FSM em Belém. Alguém bem que poderia alegar: Só com o PT o Fórum Social Mundial na Amazônia foi possível. Não estaria mentindo, não! ___________________________________ ENTREVISTA: ANA JÚLIA CAREPA – GOVERNADORA DO PARÁ Com o Pará como anfitrião do Fórum Social Mundial (FSM), que pela primeira vez é realizado no norte do Brasil, a governadora Ana Júlia Carepa (PT) espera que a Amazônia volte a ser o centro do debate mundial sob a ótica do desenvolvimento sustentável. Nessa entrevista, exclusiva, Ana Júlia fala de sua expectativa sobre a realização do FSM em Belém e anuncia que as medidas adotadas em parceria com o governo Lula garantirão a segurança dos milhares de participantes do Fórum. “Nosso desafio é trabalhar o desenvolvimento duradouro” POR DENTRO - Qual a importância da realização do Fórum Social Mundial em território paraense? ANA JÚLIA CAREPA – É a oportunidade de colocar a Amazônia no centro do debate mundial, sob a ótica do desenvolvimento sustentável. A nossa região concentra a maior floresta tropical do Planeta, mas não é um território constituído apenas de fauna e flora. Só na Amazônia Brasileira existe uma população superior a 20 milhões de pessoas, que tem direito a uma vida digna. O nosso desafio, portanto, é trabalhar o desenvolvimento de forma duradoura, em que os recursos naturais possam ser utilizados de forma equilibrada. Então espero que as discussões do Fórum possam nos ajudar a consolidar o novo modelo de desenvolvimento que estamos implantando e que assegura a inclusão social das populações locais, o investimento em ciência, tecnologia e inovação de tal forma que possamos tirar proveito da nossa biodiversidade, através da incorporação de produtos da floresta em pé. POR DENTRO - A questão da segurança para os mais de 100 mil visitantes esperados no Fórum está equacionada com a presença da Força Nacional de Segurança e com as medidas adotadas por seu governo, como a contratação de mais policiais? ANA JÚLIA – Esperamos que sim. Quando assumimos o governo do Estado encontramos um déficit de 13 mil homens, resultado de mais de dez anos sem a realização de concurso público para a Polícia Militar. Já fizemos um concurso, vamos fazer o segundo e colocamos 1.500 policiais nas ruas, treinados e equipados. Para garantir a segurança do Fórum Social Mundial, solicitei a presença da Força Nacional, que veio reforçar o trabalho da Secretaria de Segurança e deverá permanecer em Belém por mais 90 dias. Isso mostra a parceria do nosso governo com o Governo Lula. Creio que o que une as pessoas que participam do Fórum é maior do que aquilo que as separa, já que todos estão identificados com os ideários do evento, que é a busca uma nova ética planetária, que pressupõe respeito, tolerância e sustentabilidade ambiental. POR DENTRO - Em termos práticos, o que a senhora espera que o Fórum Social Mundial deixe de positivo para a Amazônia? ANA JÚLIA – O aumento da consciência mundial sobre o papel da Amazônia. Esperamos despertar ainda mais as organizações científicas e de cooperação internacional para que possamos implantar os nossos projetos, o nosso programa de 1 bilhão de árvores em cinco anos, os nossos parques tecnológicos e outras propostas. Porém, o mais importante para nós é fortalecimento das relações entre os povos da Pan-Amazônia e a consolidação do nosso bloco de integração latino-americana, que é o Mercosul, que nos dará maiores e melhores condições de afirmar as nossas propostas de superação de um modelo baseado na opressão, no egoísmo e na exploração de imensa parcela da população mundial. Mas tudo isso só ocorrerá com o fortalecimento das organizações sociais, que impulsionam governos e instituições em busca de um novo modelo baseado na solidariedade e no equilíbrio ambiental do planeta. Fonte: Coluna Por Dentro - (www.portalorm.com.br).

O Caso Cesare Battisti em pauta no FSM

No Blog do Brasiliense O ministro da Justiça, Tarso Genro, e o italiano Cesare Battisti, que ganhou a condição de refugiado no Brasil, serão incluídos de última hora na agenda de programação do Fórum Social Mundial, no fim do mês, em Belém. Entidades de direitos humanos querem que o fórum manifeste apoio aos dois, mesmo ausentes do encontro, que reúne ONGs de todo o mundo. Tarso receberá o apoio por sua decisão de contrariar a posição do Comitê Nacional para Refugiados (Conare) e permitir que Battisti viva no Brasil e não seja extraditado para a Itália. Como a programação do Fórum estava concluída, a solução foi incluir o "caso Battisti" na oficina intitulada "Direito à memória e à verdade", que discutirá e reivindicará a abertura dos arquivos da ditadura, a revisão da Lei de Anistia e a punição para militares que torturaram nos anos de chumbo. Essa discussão ocorrerá durante três horas, na manhã do próximo dia 30. A iniciativa de incluir o ministro e o ex-militante político italiano como tema de debate foi do Movimento Nacional dos Direitos Humanos.

Yes, Let´s see! (Sim, vamos ver!)

No link dos vídeos do Youtube (aqui ao lado esquerdo) há um vídeo que retrata um pouco a dura realidade dos povos amazônicos. Confira! O nome dele é Amazônia uma região de poucos.

O FSM e as contradições

Como o start das atividades pré-fórum, realizadas por diversas entidades, fóruns segmentados e demais setores da sociedade civil, começam também as denúncias, reclamações e divergências à cerca dos esquemas de segurança, logística e hospedagem que muitos alegam terem sido renegados à inexperiência e incompetência de parte da organização do evento.
Na terra-firme e Guamá, moradores inevitavelmente utilizam-se da rede de computadores para denunciarem o que chamam de Apartheid devido o esquema de repressão ao crime, o que segundo relatos, na verdade, encobre os mal-tratos que a população está sendo submetida nos bairros periféricos no entorno do território do Fórum. Caso sério que iremos debater sempre que houver exagero por parte da políça, e por certo não faltarão.
Outras questões abordadas via email e alguns programas de rádio é que os alojamentos programados não foram suficientes para abrigar os participantes que chegam de todos os continentes do mundo.
No acampamento da Juventude, onde é previsto a montagem de milhares de barracas, a questão se agrava. Pessoas ligadas à entidades de Belém, dizem que os preparativos do local não garantirão segurança plena para os hóspedes.
A mata, os animais personhentos e demais adversidades - o período chuvoso faz com que a área fique alagada - criam um misto de reclamações que tende a aumentar e que pode respingar no governo estadual e na prefeitura, no mínimo.
Já a cobertura midiática local é medíocre e pega carona nas "cabeças de rede" que terão suas equipes à posto para registrarem as belezas e contradições desta região amazônica.
Boa oportunidade para expor nossos problemas, cobrar das três esferas de governo maior investimento em infraestrutura e de quebrar fortalecer a presença viva e a colaboração no planejamento público das cidades.
As pólis, agradecem e desejam um produtivo Fórum Social Mundial para tod@s e acredita piamente que um outro mundo seja possível.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...