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quinta-feira, outubro 25, 2018

Helder Barbalho tentou censurar aplicativo que revela a ficha de políticos




Aplicativo Detector de Ficha de Político, checa os dois candidatos que disputam o 2° turno das eleições no Pará.

Por Diógenes Brandão


A tentativa dos advogados de Helder Barbalho em retirar do ar, o aplicativo Detector de Ficha de Políticos não vingou.

28 advogados da coligação encabeçada pelo candidato do MDB, entraram com pedido judicial para tentar barrar o aplicativo de ser usado, após o seu adversário, Márcio Miranda, ter sugerido aos eleitores paraenses que consultem a internet e o aplicativo para encontrar a ficha dos candidatos, nos dois debates ocorridos neste segundo turno.


Depois disso, diversas pessoas passara gravar vídeos mostrando como se usa o aplicativo e para tal, usaram as imagens de Helder Barbalho e Márcio Miranda. Resultado: Helder Barbalho aparece com seus quatro processos na justiça, tanto por citações de delatores na Lava Jato, quanto por improbidade administrativa, enquanto foi prefeito de Ananindeua. Já Márcio Miranda não tem nenhum processo.




Também conhecido como Detector de Corrupção, o Detector de Ficha de Políticos é um aplicativo criado pela Grey para o Reclame Aqui, site já ajudou mais de 18 milhões de consumidores que pesquisam a reputação de empresas antes de comprar.    

A nova ferramenta criada em Abril deste ano, tornou simples o ato de identificar os políticos corruptos e os que não tem nada contra eles na esfera judicial.     

Políticos investigados e denunciados em escândalos continuam falando que são honestos e ficha limpa, mas não podem negar a ‘ficha corrida’.


BAIXE E USE   

É muito fácil de usar: basta apontar o celular para uma fotografia ou para as telas de TV ou computador. Daí o aplicativo mostra a ‘ficha corrida’ do candidato: processos e  improbidades administrativas que ele responde na Justiça. Ao acessar a plataforma, o aplicativo destaca, em qualquer  site, os nomes de políticos  que ocupam ou ocuparam  cargos eletivos, além de  Ministros de Estado, com pendências na Justiça.   

Com apenas 3 cliques você consegue saber a ficha de um  político condenado, processado  ou investigado.    

Se preferir, você também pode digitar o nome de qualquer candidato e conferir a ficha  judicial dele. Na versão aplicativo, totalmente gratuita, o Detector de Corrupção utiliza um sistema de reconhecimento facial que pinta de roxo o rosto de políticos envolvidos em denúncias de corrupção.     

O app faturou um prêmio inédito no Cannes Lions 2018: o Grand Prix, na categoria Mobile. Em 2016, quando foi lançada, ferramenta era apenas uma extensão para o navegador Google Chrome.      

O aplicativo dá o parecer a partir de informações disponíveis na base de dados de tribunais como o Supremo Tribunal Federal (STF), Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Tribunais de Justiça (TJs) e Tribunais Regionais Federais (TRFs).   

Processos em segredo de Justiça não são revelados, já que essas informações não são divulgadas. 

O Detector de Corrupção está disponível nas versões Android e iOs. Clique aqui para baixar.

terça-feira, setembro 11, 2018

Aplicativo que detecta corruptos ganha prêmio e é usado para orientar eleitores

O aplicativo dá o parecer a partir de informações disponíveis na base de dados de tribunais como o Supremo Tribunal Federal (STF).

Por Diógenes Brandão

A quantidade de candidatos que usam a palavra corrupção em suas campanhas eleitorais não está no gibi. 

Como se fossem todos santos, quase todos os dias assistimos diversos candidatos - já com ‘ficha corrida’ , investigados e denunciados em escândalos - falando que são honestos e ficha limpa. 

Mas uma ferramenta tornou simples o ato de identificar os políticos corruptos e os que não tem nada contra eles na esfera judicial: Trata-se do Detector de Corrupção, um aplicativo criado pela Grey para o Reclame Aqui.

É muito fácil de usar: basta apontar o celular para uma fotografia ou para as telas de TV ou computador. Daí o aplicativo mostra a ‘ficha corrida’ do candidato: processos e  improbidades administrativas que ele responde na Justiça. Ao acessar a plataforma, o aplicativo destaca, em qualquer  site, os nomes de políticos  que ocupam ou ocuparam  cargos eletivos, além de  Ministros de Estado, com  pendências na Justiça.

No Pará, o deputado federal Nilson Pinto, fez um vídeo divulgando o aplicativo e em sua campanha pelos quatro cantos do Estado, faz questão de orientar como os eleitores paraenses devem procurar informações sobre os candidatos em que pretendem votar.

Assista:


Com apenas 3 cliques você consegue saber a ficha de um  político condenado, processado  ou investigado. 

Se preferir, você também pode digitar o nome de qualquer candidato e conferir a ficha  judicial dele. Na versão aplicativo, totalmente gratuita, o Detector de Corrupção utiliza um sistema de reconhecimento facial que pinta de roxo o rosto de políticos envolvidos em denúncias de corrupção.  

O app faturou um prêmio inédito no Cannes Lions 2018: o Grand Prix, na categoria Mobile. Em 2016, quando foi lançada, ferramenta era apenas uma extensão para o navegador Google Chrome.  

O aplicativo dá o parecer a partir de informações disponíveis na base de dados de tribunais como o Supremo Tribunal Federal (STF), Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Tribunais de Justiça (TJs) e Tribunais Regionais Federais (TRFs). Processos em segredo de Justiça não são revelados, já que essas informações não são divulgadas.  

O Detector de Corrupção está disponível nas versões Android e iOs. Clique aqui para baixar.

segunda-feira, junho 25, 2018

Eleições 2018: Ceticismo e desesperança podem ajudar candidatos corruptos?

A corrupção atinge praticamente todos os partidos e a descrença na classe política gera descrença generalizada no eleitor brasileiro. 

Por Edir Veiga
Os grandes grupos de comunicações (Globo, SBT, Bandeirantes, Rede TV e Record) que comandam a televisão aberta e grande parte das redes nacionais de rádios “pegaram pesado” no propósito de remover a esquerda petista e seus aliados do poder a partir do final do ano de 2014, e hoje produziram como resultado o enorme ceticismo da população perante a política, os partidos e os políticos, com graves riscos para a jovem democracia brasileira.
Não há dúvida nenhuma de que os grandes partidos brasileiros foram pegos com as “mãos na “massa” da corrupção.  
PT, MDB, PSDB, PP estão com vários de seus principais dirigentes processados, denunciados ou presos a partir de escândalos continuados de corrupção que vem abalando nosso país desde o ano de 2014. 
Mas todos os partidos governantes brasileiros, sejam eles grandes ou pequenos, estejam eles nas esferas municipais, estaduais ou federais têm muitos de seus filiados atingidos por algum nível de denúncia de corrupção. Em resumo, os diversos partidos brasileiros estão de alguma forma, relacionados de forma negativa com a grave epidemia política que vem atingindo o Brasil, que são os escândalos de corrupção.
Como o quadro partidário brasileiro está contaminado pelo vírus da corrupção, todos os corruptos se sentem bem à vontade para lançarem-se, inclusive, aos cargos executivos. Os candidatos corruptos tentam embaçar a percepção do eleitorado sobre os candidatos fichas limpas.  
Para as disputas para o poder legislativo a contenda parece mais tranquila para os corruptos, afinal de contas o eleitorado não tem mecanismos para derrubar os candidatos fichas sujas, pois são milhares de candidatos disputando os cargos no poder legislativo, muitas vezes o eleitor deixa de votar no ficha suja, mas vota na coligação onde o candidato ladrão está ancorado. De fato, no Brasil, dominar as regras para as disputas ao poder legislativo não é nada fácil.
Neste momento as tendências apontam para um quadro de votos em brancos em torno dos 20% nas eleições majoritárias e de 30% nas eleições proporcionais. 
As pessoas mais revoltadas com a grave crise de denúncias e escândalos de corrupção estão migrando para a desistência de eleger candidatos, ou seja, parece que iniciamos um caminho para a negação das instituições democráticas.
E o que é pior, enquanto os eleitores provenientes das classes médias estão radicalizando contra o sistema político como um todo, através do voto branco, nulo e abstenções, aumenta o poder eleitoral dos candidatos que dominam recursos financeiros, administrativos ou máquinas de governo, pois estes conseguirão “arrastar” grande número de eleitores descrentes às urnas, através das máquinas de patronagens.
Mas se é verdade que o poder econômico, político e administrativo vai se beneficiar deste grave quadro de ceticismo político, é verdade também que um outro segmento político vai sair ganhando a partir deste grave quadro político, que é a esquerda lulista.
Dentre as camadas mais empobrecidas da sociedade brasileira existe mais de 20 milhões de brasileiros que conheceram e viveram as políticas sociais lulistas e que agora estão “sentindo na carne” a política ultra liberal do governo Temer, que a cada dia vem removendo direitos sociais através de sofisticados mecanismos de recadastramento. Até as bolsas de índios e quilombolas Temer atacou.
Setores da sociedade que contrários ao que em sendo feito no país desde o impeachment de Dilma, mesmo não concordando com o governo dela, devem votar em ordem unida em Lula ou em outro candidato que Lula vier a indicar. Pelo menos 50% dos eleitores de Lula devem seguir sua diretriz eleitoral. 
É por tudo isso que Lula será ator muito importante das eleições de 2018, preso, solto, concorrendo ou impedido de participar da disputa.
Mas de toda esta crise em curso, onde os grandes partidos têm enorme responsabilidades, não podemos deixar de reconhecer que o modelo político brasileiro, até recentemente vigente, baseado no voto proporcional de lista aberta e no financiamento privado de campanha, em muito induziu o comportamento pragmático da elite política brasileira. 
Ou seja, se negar a entrar no alçapão institucional, até então vigente, significaria abandonar qualquer possibilidade de disputar governos ou vir a formar uma bancada parlamentar de peso.
Mas uma coisa parece clara, a forma como a grande mídia tratou a crise da Lava Jato expressou uma grave irresponsabilidade com o desfecho da própria crise. 
Vimos a rede globo transmitindo ao VIVO as passeatas da oposição contra o governo Dilma. Mas não vimos este mesmo procedimento insuflador contra os escândalos do governo Temer. 
Ou seja, na luta ideológica  fabricada contra a esquerda, os grandes meios de comunicação geraram um sentimento de negação dos partidos, dos políticos e da democracia.
Agora as consequências vem se manifestando. O povo quer candidato ficha limpa. Mas todos os grandes partidos estão eivados de denúncias de corrupção. 
Mesmo os pequenos partidos contam dentre seus  filiados nas esferas municipais e estaduais com prefeitos, governadores e deputados denunciados por corrupção. 
O povo não está enxergando ninguém limpo, daí a metade do eleitorado está querendo passar longe das urnas nas eleições de 2018.
Os candidatos fichas limpas estão sendo denunciados diariamente como corruptos pelos seus opositores corruptos. As grandes oligarquias estaduais, governantes ou não, dominam as rádios, jornais e televisões estaduais e municipais. Assim candidatos limpos estão sendo pintados de sujos, para que numa noite escura “todos os gatos pareçam  pardos”.
A desinformação vem prevalecendo nas pré-campanhas. 
Num contexto de enorme ceticismo despolitizado, as classes médias deixam de ir às urnas ou votam branco e nulo e assim, mais uma vez o poder econômico, político ou administrativo deve prevalecer com a eleição de grande número de fichas sujas para governos estaduais e ao senado.
As mídias sociais vêm sendo apropriadas pelo candidatos com grande poder econômico, afinal os comitês digitais exigem uma grande quantidade de profissionais a custos elevados. 
Frente a atividade esclarecedora de grupos e entidades comprometidas com a informação transparente e honestas estamos assistindo uma avalanche de ações organizadas para “queimar” os fichas limpas e promover positivamente os “fichas sujas”.
Parece que estas eleições que se aproximam não terão o efeito terapêutico que se espera a partir da tsunami que a operação lava Jato vem produzindo no Brasil. 
A grande mídia que espetacularizou de forma exagerada esta tragédia brasileira parece que não se sente responsável pelo quadro de ceticismo que vem invadindo a alma política do povo brasileiro. 
Esperemos que algum milagre aconteça nos próximos 90 dias e que uma tendência inesperada de faxina política em sentido republicano venha a acontecer no Brasil.

terça-feira, janeiro 02, 2018

2018: Luzes e sombras no campo político

Para o Cientista Político Dornélio Silva, o ano de 2018 pode trazer renovação na classe política estadual e nacional. 

Por Dornélio Silva*, da Doxa Pesquisas

2017 se encerra ofuscado no campo das decisões políticas. 

Incertezas, ceticismo, desconfianças são elementos que pairam sobre o imaginário do cidadão-eleitor. 

2017 se encerra com a percepção de que a política, como ferramenta de mudança social, está em total descrédito. É como se dissesse que tem que jogar tudo no lixo e fazer tudo de novo por que está tudo contaminado, tudo estragado. 

Encerramos 2017 com a sensação de que a política institucional é ‘suja’, ‘cheia de gente mau caráter!’. 

A imagem dos políticos perante o eleitor é das piores possíveis: acomodados, mentirosos, falsos, péssimos, mascarados, sem reputação, só pensam no bolso deles. São vistos como simples usurpadores, que não cumprem com promessas, que não cumprem seus deveres em relação às necessidades dos cidadãos, que buscam somente vantagens pessoais. 

Assim, a corrupção é percebida, de forma quase unânime, como sendo o principal câncro do Brasil na atualidade. A conjuntura que estamos vivendo no Brasil é uma das piores para a classe política. 

Por isso a Rejeição é uma variável indispensável nas nossas análises. 

Este cenário de descrédito da política, compreensão do Estado como máquina ineficaz que não consegue resolver os problemas básicos da população, que os velhos políticos não representam mais os anseios da população, abrem-se espaços, em nível federal e estadual, para candidatos outsiders que buscam explorar essa revolta e angústia da população, como salvadores da pátria. 

Diante desse quadro caótico e desalentador, há luzes nesse campo por que há um entendimento do cidadão-eleitor que a transparência em lidar com a coisa pública é a melhor maneira pra se jogar limpo com o eleitor que coloca o político no poder; que a honestidade seja uma bandeira permanente, mesmo que difícil, mas esse cidadão busca nos políticos, ele não quer corruptos, ladrões, quer alguém que cuide com honestidade do dinheiro público. 

Além disso, o cidadão-eleitor quer que o novo governante seja participativo, presente; quer alguém com ideias novas de desenvolvimento para o nosso estado, que tire o estado da situação de violência dominante e de outros males que sufocam a população. 

Compromisso é outra luz forte pairando na mente desse cidadão que busca alguém comprometido com o povo, que cumpra as promessas. Enfim, para o cidadão-eleitor que  vai eleger em 2018 o novo presidente do Brasil, o novo governador do Pará, novos senadores, novos deputados, outras imagens fortes surgem em suas mentes: ética, seriedade, verdadeiro, correto, sincero. 

Que seja Ficha Limpa, que tenha conhecimento geral do Estado do Pará. 

Ah! É um sonho!! Não custa nada sonhar. Temos que acreditar. 

Estudos da Doxa mostram que em 2018 os menos rejeitados e que não foram citados na Operação Lava Jato ou que não estejam envolvidos em problemas judiciais, e se apresentem como fichas limpas, tenham mais possibilidades de galgarem sucesso nas eleições 2018.

*Dornélio Silva é Mestre em Ciência Política e Diretor-presidente da Doxa Comunicação Integrada

domingo, agosto 13, 2017

A cada eleição, Brasil tem novas regras. O Distritão privilegia parlamentares experientes e com dinheiro

R$ 3,6 bi é o valor estimado do fundo eleitoral aprovado pela comissão da reforma política da Câmara dos Deputados Foto: Dida Sampaio/Estadão.

Mudanças vêm dos anos 1990; especialistas apontam conveniência em atual reforma Especial  

Por Alexandra Martins e Marianna Holanda, via O Estado de S.Paulo.

Enquanto o Congresso avança na aprovação do distritão e de um fundo bilionário para bancar as campanhas do próximo ano, o Brasil já acumula uma mudança eleitoral a cada disputa desde a redemocratização. Entre 1993, quando acabou o prazo para a implementação das disposições transitórias da Constituição de 1988, e 2015, quando foi realizada a última minirreforma política, as regras do jogo mudaram, em média, de 18 em 18 meses.  

Quase todas as alterações foram feitas em véspera de ano eleitoral. Um marco aprovado um ano antes para entrar em vigor na eleição de 1994 foi a permissão do financiamento de campanhas por empresas. Quatro anos depois, em 1997, também em véspera de disputa, uma emenda à Constituição deu a possibilidade a presidente, governadores e prefeitos de se reelegerem, o que facilitou o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso.  

Foram 14 alterações relevantes implementadas ao longo de 22 anos por meio de projetos de lei, propostas de emenda à Constituição (PECs) e decisões judiciais. Em três décadas, o Legislativo criou cinco comissões para discutir reforma política – a última delas aprovou uma série de novas normas para a eleição de 2018, que serão levadas agora ao plenário da Câmara. O Judiciário, porém, promoveu as mudanças mais relevantes.  

Ao Congresso coube a aprovação de duas mudanças importantes: a Lei da Ficha Limpa e a emenda à Constituição que liberou os partidos para negociar nos Estados coligações distintas à do plano nacional. Os dados estão publicados no livro Representantes de Quem? (2017), de Jairo Nicolau, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo cientistas políticos e juristas consultados pelo Estado, as alterações das leis promovidas pelos parlamentares revelam conveniência eleitoral e a busca por sobrevivência política.  

De acordo com o cientista político da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), autor da pesquisa Dinheiro e Política: A Influência do Poder Econômico no Congresso Nacional, Bruno Reis, até 1997 as mudanças eram previsíveis, porque o sistema ainda não tinha “decantado”. Contudo, ele avalia que, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começaram a mudar as regras, o Legislativo reagiu e, então, deu-se uma nova dinâmica.   

“É natural presumir que eles estejam tentando se proteger”, afirma Reis. “Há uma pressão social, pelo tamanho do descalabro, para que alguma providência regulatória institucional aconteça, mas não acho que vai acontecer. Não acredito que (a reforma política) será uma solução construtiva. Será uma manobra defensiva, que talvez agrave nossos males”, diz.  

Distritão e fundo eleitoral. Entre as críticas feitas pelos especialistas está o distritão. Pelo modelo aprovado na quinta-feira passada na comissão da reforma política da Câmara, vencerá a eleição aquele candidato que obtiver o maior número de votos. Isso implica menor chance de renovação em um cenário em que parte dos parlamentares está citada na Lava Jato. Já pelo atual modelo em vigor, chamado de proporcional, os eleitos são definidos com base na soma do número de votos de todos os candidatos e da legenda.  

O cientista político da Universidade de São Paulo (USP) Glauco Peres é um dos críticos ao distritão, que, para ele, deverá fortalecer uma elite política. “Só político com dinheiro vai ser eleito. A gente consegue distorcer o que esperaria do sistema proporcional, que é exatamente da minoria sendo apresentada”, diz. “A gente vai ter muita dificuldade de ver uma minoria sem dinheiro, sem capacidade de articulação e acesso, eleger alguém”, afirma.   

A avaliação é semelhante à da cientista política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Silvana Krause. “Distritão associado à proibição de financiamento privado de campanhas vai ser uma coisa perigosa, porque vai ter uma concentração de recursos em poucas campanhas”, diz a professora. Segundo ela, o efeito do sistema que será transitório para as eleições de 2018 e 2020 – a partir de 2022, o Brasil adotará, se aprovado, o distrital misto – vai ser de milionários financiando suas próprias campanhas.  

Os políticos encontraram também uma solução para o financiamento de suas campanhas, uma vez que, desde 2015, por decisão do STF, estão vetadas as doações empresariais a candidatos. A proposta do fundo eleitoral em tramitação pleiteia 0,5% da receita corrente líquida da União, o que chegaria a R$ 3,6 bilhões, a partir de 2018.  

“Não conheço nenhuma eleição cujo valor se aproxima desse nosso, exceto nos Estados Unidos. A ideia de fundo é boa, mas não pode ser colocada de afogadilho, sem justificativa, sem critérios claros de como os números dessa magnitude foram calculados. O Tribunal Superior Eleitoral deveria esclarecer se tem capacidade de fiscalizar”, diz Jairo Nicolau, da UFRJ.  

Para Bruno Reis, da UFMG, os parlamentares há anos tentam chamar a atenção para o problema do financiamento das campanhas, mas, segundo ele, tanto estudiosos quanto a sociedade “tomavam a ideia do financiamento público com suspeição”. “A gente desqualificava um problema que hoje vemos que é muito real. Teria sido importante ter mexido nisso antes, porque agora (os deputados) estão fazendo isso movidos pela crise”, afirma.  

PRINCIPAIS MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO 

Doação de empresas  

Em 1993, foi introduzida permissão para empresas doarem para campanhas.  

Mandato de presidente 

A redução da duração do mandato presidencial de cinco para quatro anos foi introduzida em 1994. 

Reeleição  

Em 1997, foi permitida a possibilidade de presidente, governador e prefeito se candidatar a um mandato sucessivo.  

Cláusula de desempenho  

O dispositivo que restringe o acesso ao Fundo Partidário foi suspenso em 2007.  

Lei da Ficha Limpa  

Regra que barra a candidatura a cargos eletivos de condenados (penas variadas) foi introduzida em 2010.  

Doações de empresas

Em 2015, Supremo Tribunal Federal proibiu pessoas jurídicas de doarem para campanhas e partidos.

‘Judiciariocracia de coalizão’

Além das mutações na legislação eleitoral já realizadas e das atualmente em discussão no Congresso, o Judiciário também é acionado para dirimir conflitos, dentro de um esquema batizado pelo jurista Leno Streck de “judiciariocracia de coalizão”. Isso ocorre quando Executivo e Legislativo se valem principalmente do STF para resolver problemas cuja soluções eles mesmo deveriam dar. “O Supremo poderia dizer não, mas acaba aceitando essa relação, o que já é uma decisão, ao fazer uma certa coalizão com os outros Poderes”, disse o professor da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos-RS) e ex-procurador de Justiça.  

Streck cita como exemplo de arbitragem no campo da legislação partidária a decisão do STF de tornar inconstitucional a cláusula de barreira aprovada pelo Congresso ao julgar, em 2006, uma ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo PC do B e PSC, com apoio de vários partidos. O domínio do Judiciário, afirma ele, faz um Poder engolir o outro. “Na Medicina, a fagocitose é boa, mas no Direito a fagocitose é ruim porque, quando um sistema invade o outro, causa uma irritação que fragiliza a democracia”, diz.  

Apesar de afirmar que uma reforma política seja urgente em razão de todas essas instabilidades registradas ao longo dos anos, uma proposta neste momento deve aprofundar a crise de representação, avalia a professora de ciência política da UFMG Mara Telles.   

Para ela, há muita descrença da sociedade no Parlamento e os representantes não teriam a legitimidade para realizar mudanças desse calibre. “Reforma política feita nesse caos vai ser um ‘Frankstein’. O correto seria discutir os pontos como agenda política, nas eleições. Qualquer engenharia institucional que não toque na melhora da representatividade não será boa.”


domingo, maio 28, 2017

Edmilson saiu do PT, mas o PT continua com Edmilson

Edmilson Rodrigues (PSOL) ao lado de seu fusquinha, na campanha eleitoral de 2016.

Por Diógenes Brandão

"Enquanto o Paulo Rocha era vaiado e impedido de falar, o "Ed" tirava selfies e falou o que queria, o tempo que quis".

Foi exatamente assim que o blog foi informado (e confirmou com diversas outras pessoas presentes, a veracidade dos fatos) sobre um acontecimento histórico, ocorrido durante a última Greve Geral, realizada em Belém e no restante do país, no dia 28/04. 

Digo que é um acontecimento histórico, pelo fato de nunca termos presenciado uma liderança da esquerda paraense ser vaiada em público. Ainda mais em uma manifestação convocada pela própria esquerda, leia-se: PT, PCdoB, PSOL, CUT, CTB e outras centrais sindicais e seus sindicatos filiados, sob a égide da "Frente Brasil Popular" e "Frente Povo Sem Medo".

A demonstração de insatisfação com o senador Paulo Rocha (PT), hoje o maior representante político da esquerda paraense contrasta com a empatia com que o "Ed" - abreviação do nome do deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL) nutre entre o mesmo público.

O que construiu essa diferença no imaginário e receptividade popular? 

Cabe lembrar que Edmilson Rodrigues, quando petista, sempre teve um grupo que embora pequeno em número, era potente em capacidade intelectual, o que garantia formulação de estratégias arrojadas, o que o levou a indicá-lo a bater chapa contra Lula, para as prévias em 2002, onde o ex-metalúrgico que tornou-se ícone da esquerda latino-americana foi escolhido candidato a presidente e elegeu-se pela primeira vez, após três tentativas para chegar ao cargo máximo de representatividade na República brasileira.

Se disputou a liderança do país com Lula, quando este vivenciava seu auge político e carismático, o que impediria de Edmilson e seu grupo arquitetarem um "chega pra lá" em Paulo Rocha, que foi eleito em 2014 com mais de 1 milhão e meio de votos, enquanto Edmilson Rodrigues recebeu nesta mesma eleição apenas 11% dos votos do senador petista, ou para ser exato, 170.604 votos? 

Seria esse o resultado de uma investida muito bem formulada de fora para dentro do PT, que fez com que em pouco mais de dois anos, Paulo Rocha seja hostilizado nas manifestações e nas redes sociais, enquanto Edmilson é abraçado pela militância e simpatizantes de todos os partidos da esquerda local?  
É em busca destas respostas que o blog suspeita de uma confirmação que muitos teimam em não admitir: 12 anos depois de sua saída do PT - após o "mensalão", dirigentes petistas e cutistas continuam venerando e idolatrando, aquele que foi durante 8 anos, o chefe dos que atuaram em seus dois mandatos como prefeito de Belém e talvez por isso, muitos destes até hoje sonham em voltar a ter o "micropoder" que um dia tiveram.

Não que devamos achar essa admiração pela liderança que Edmilson representa para a esquerda paraense, seja como um todo descabida ou fruto de interesses pessoais de todos os seus seguidores. Depois dele, quem surgiu ou se destacou com o seu preparo intelectual e sua oratória?

No entanto, lembro da campanha eleitoral da então candidata Maria do Carmo (PT), quando esta disputou com Simão Jatene (PSDB) e quase é eleita como a primeira governadora do estado em 2002, perdendo por R$0,05 centavos - Em uma pegadinha do marketing eleitoral, Jatene perguntou à sua adversária santarena, se ela sabia quanto custava o preço da tarifa urbana do transporte público em Belém e ela respondeu que era R$0,60, sendo que era R$0,65.   

Desde ali, tornou-se perceptível que o discurso inflamado e prolongado de Edmilson havia sido superado pela firmeza daquela voz feminina, vinda do interior do estado e que argumentava com destreza sobre os problemas sociais, enfatizando as diferenças regionais e o abismo geopolítico que se configura neste estado de dimensões continentais. 

Edmilson sempre lançou mão de elementos retóricos revolucionários, evocando para si a herança dos líderes dos combatentes cabanos, mas aquela mulher simples, porém estudiosa, bem vestida e com um poder de síntese incomparável ao ainda colega de partido, revelou-se muito mais preparada para aquele cargo de governadora e até outros, que depois de ser eleita e reeleita prefeita de Santarém, ela não quis disputar. Cabe lembrar que Maria do Carmo é do mesmo grupo do senador Paulo Rocha.

No entanto, a pegadinha criada pelo marqueteiro Orly Bezerra e utilizada pelo tucano Simão Jatene naquele ano, garantiu sua primeira vitória eleitoral e depois disso ele venceu mais três eleições como governador, sempre a peso de muito dinheiro, hoje sabidamente oriundo de "doações" que envolveram empresas como a CERPASA, Odebrechet e a Friboi.  

Mas voltando ao cerne do post, Edmilson segue como deputado federal do PSOL, abraçado por “votos petistas” em todas as eleições que disputa, tanto proporcionais, quantos as duas majoritárias em que disputou com Zenaldo Coutinho (PSDB) e foi derrotado, mesmo com votos oriundos da imensa maioria dos filiados, simpatizantes, eleitorado petista e da esquerda paraense como um todo.  

E esse carisma, embora continue contaminando a maioria esmagadora do PT, não consegue retomar os votos que ele já teve e fazer com que Edmilson tenha êxito nas disputas majoritárias e acaba impedindo que novos nomes se apresentem, tanto no PSOL, quanto no PCdoB, PSTU e no próprio PT, de onde ele saiu e continua alimentando o imaginário de que seja o único nome capaz de retomar a prefeitura de Belém para a esquerda. Tal fenômeno pode ser justificado pela falta de preparo de e nos quadros dos demais partidos?

Marinor Brito (PSOL) é uma excessão, principalmente quando falamos em potencial de votos? 

Ao alcançar a terceira maior votação para o senado em 2010, Marinor tornou-se senadora após o senador Jader Barbalho (PMDB) ter sido impedido de ser diplomado, logo depois de ter sido o mais votado entre os candidatos ao senado, mas foi impedido por uma interpretação equivocada da Lei da Ficha Limpa, retornando para assumir sua vaga dois anos depois, já que o STF decidiu que a lei não poderia retroagir e atingir os eleitos em 2010.

Marinor, que ficou dois anos no senador, esbravejou mas voltou à Belém e em 2016 conseguiu ser reeleita como a vereadora mais votada na capital do estado. 

Seus aliados dizem que em 2018, Marinor possa tentar novamente uma vaga ao senado e ter êxito, tendo para tal um campo aberto pela maior crise política já existente no Brasil, após as delações feitas contra seus principais adversários do PMDB e PSDB.  

Edmilson por sua vez não deverá arriscar sua permanência na Câmara dos Deputados e seu grupo político no interior do PSOL, já cogita que com ele mantido na disputa como deputado federal e Marinor disputando o senado, o partido poderia voltar a ter uma cadeira, ou duas, na ALEPA.  

Essa possibilidade pode ser considera prematura, mas pelo que temos visto nas ruas, toda vez que Edmilson e Marinor se apresentam, diante do público presente nas manifestações que agregam os partidos, centrais sindicais e movimentos sociais e populares, são eles que brilham. Com destaque muito maior para Edmilson.

Entre um selfie e outro, o deputado do PSOL surfa em meio aos seus fãs que controlam o microfone dos atos políticos, tendo o tempo e o momento estratégico que bem entender para discorrer seus famosos discursos intermináveis. Embora esse comportamento seja criticado por algumas lideranças, para a grande parte da nata burocrata, isso não lhe retira o direito de falar mais do que os demais.

Conforme afirmei no título, a falta de preparo de outras lideranças petistas e a manutenção desta áurea de superioridade que insistem em manter sobre a cabeça de Edmilson, como o nome mor da esquerda para disputar as últimas eleições para a prefeitura de Belém e tem sacrificado o PT e este vem sendo desidratado ano a ano.

A tese se confirma ao olharmos as duas últimas eleições onde o partido obteve apenas 3% e 1,5% de votos válidos, quando disputou a prefeitura de Belém com Alfredo Costa (2012) e Regina Barata (2016), respectivamente. Isso sem falar que após as eleições de 2014, onde o PT apoiou o PMDB ao governo do Pará e perdeu 02 dos 04 deputados federais que tinha em Brasília e dos oito (08) deputados estaduais eleitos, ficou apenas com três (03).

quarta-feira, julho 16, 2014

MPE pede a impugnação de 42 candidatos

Lista dos 42 candidatos que disputam as eleições no Estado do Pará e tiveram seus registros impugnados pelo MPE.

A notícia que mexeu com os ânimos de muitos candidatos que disputam as eleições no Estado do Pará é o principal tema nas rodas de conversas desta manhã. Dos 980 pedidos de registro de candidaturas junto ao TRE-PA, 42 tiveram seu pedido de impugnação impetrados pelo Ministério Público Eleitoral.

Entre os candidatos, encontra-se um postulante ao cargo de governador, dois ao senado, outros dois para a Câmara dos Deputados e os demais 37 nomes concorrem ao cargo de Deputado Estadual.

O Procurador Eleitoral Regional Alan Mansur é o responsável pela garimpagem que detectou entre estes nomes, 29 candidatos com problemas em suas prestações de conta, seja por não terem apresentado ou por terem tido as mesmas reprovadas. Tal situação torna estes candidatos sem condição de elegibilidade, conforme previsto na Lei Complementar nº 96/90.

Entre os nomes mais conhecidos na lista de impugnação está o do ex-prefeito de Belém, Duciomar Costa que concorre ao cargo de Senador e de Paulo Rocha que disputa pela segunda vez a vaga de Senador pelo Estado do Pará. Duciomar tem condenações junto a Justiça do Estado e Paulo Rocha ainda carrega o fantasma do "mensalão", mesmo já tendo sido inocentado pelo STF, mas pelo fato de ter renunciado ao mandato durante as investigações do processo é enquadrado na Lei Complementar nº 64/90, mais conhecida com a "Lei da Ficha Limpa". 

Segundo advogados consultado pelo blog, os candidatos e partidos afetados com a publicação da lista de impugnados, tem o prazo de até 07 dias para arguir suas defesas, contestar as impugnações e salvaguardar-lhes o direito democrático de participarem deste pleito eleitoral.

Imagem: Jornal OLiberal.

domingo, dezembro 18, 2011

Radialista de Manaus ofende Paraenses por causa de Jader Barbalho


No facebook do Carlos Pedroso.

 Em recente comentário (13/12) na rádio Liberal-CBN-AM, o radialista Carlos Sardemberg insultou o povo do Pará tecendo o seguinte comentário: “ainda bem que o plebiscito não dividiu o estado do Pará, pois se com três senadores eles (os eleitores do Pará) já elegem o Jader Barbalho, imaginem com nove senadores, quem indicariam”. Quero dizer que como eleitor e filho deste estado repudio este tipo de comentário irônico partindo de alguém que tem nas mãos um veículo tão importante na comunicação de massas e que deveria utilizá-lo como instrumento de exercício da cidadania e informação de forma responsável.

Não votei e nem voto neste político, porém como democrata devo respeitar as regras republicanas vigentes, embora repudie com veemência os atos a ele atribuídos.

A divisão do nosso Pará é hoje um assunto perfeitamente resolvido por todas as regiões envolvidas e hoje faz parte da história recente do estado. Evidenciou de um lado a insatisfação do povo das regiões mais afastadas da capital Belém e por outro lado chamou a atenção dos governantes para mais justiça na divisão dos investimentos no território como um todo.

Este fato não dá o direito a este senhor e a ninguém de tecer comentários ofensivos e irônicos, que de maneira torpe atinge aos paraenses. Quero dizer a este senhor que os paraenses, como todos os brasileiros sabem decidir as suas questões e o seu destino. Foi assim no plebiscito; é dessa maneira que aqui se trava uma batalha incansável pela indenização dos atingidos pela construção de UHE de Tucuruí e em torno da construção de Belo Monte, suas vantagens e as conseqüências danosas às populações atingidas; é assim que grupos e governos lutam por uma compensação maior em troca da exploração de nossos recursos minerais; é assim que lutamos contra a violência no campo e por muitos e muitos problemas que atingem diretamente os paraenses e todos os brasileiros.

Este tipo de comentário somente poderia vir de alguém que se auto intitula “comentarista econômico”, e tece comentários até sobre culinária, sempre com uma ironia estonteante, o mesmo que disse tendenciosamente que o Brasil iria quebrar na crise de 2009, e que o governo da época tirou de letra, à revelia dos “comentaristas econômicos” e suas teorias ortodoxas ultrapassadas, deixando-os atônitos e com a evidente recomendação de que deveriam se reciclar.

Quanto á eleição deste político, senhor Sardenberg, deixe que o eleitor paraense que o colocou no senado saberá a hora de tirá-lo da vida pública se assim o achar conveniente, e a vontade do povo será sempre respeitada, mesmo que desagrade à parcela significativa de outros paraenses ou, até mesmo aos irônicos de plantão. É a isto que o nobre professor Aurélio Buarque traduziu em sua obra como democracia, que a meu ver ainda é o melhor regime de governo e pressupõe a liberdade de expressão de todos os cidadãos. Assim, pelo direito de todos a falar o que se pensa, infelizmente estamos sujeitos a ouvir este tipo de comentário discriminatório para com o povo paraense. Porém, mesmo respeitando o seu direito de proferir estas palavras não posso deixar de manifestar o meu repúdio a maneira irresponsável com que o povo do meu estado foi tratado por alguém que não merece o meu respeito. Por isto é que sugiro aos diretores desta emissora que substitua estes comentários chulos por música, é mais agradável aos ouvidos.

Carlos Pedroso é Geógrafo.


Email: cws.pedroso@yahoo.com.br

quarta-feira, dezembro 14, 2011

STF libera Jader Barbalho para tomar posse no Senado

Jáder Barbalho em imagem de 2001
Jáder Barbalho em imagem de 2001

Com a decisão, o peemedebista deverá ocupar a vaga de Marinor Britto (Psol-PA)

Por Luciana Marques, na Veja 

Em uma decisão relâmpago, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou recurso do candidato Jader Barbalho (PA) para que tome posse no Senado. O presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, decidiu proferir o voto de minerva e desempatou o julgamento que havia sido interrompido em novembro, depois que 5 ministros votaram a favor e 5 contra o peemedebista. O voto de “qualidade”, como é chamado, está previsto no Regimento Interno do STF, e diz que o presidente pode desempatar julgamentos.

A decisão de Peluso ocorreu um dia depois que ele se encontrou com os senadores do PMDB Renan Calheiros (AL), Valdir Raupp (RO) e Romero Jucá (RR) e com o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), que fizeram um apelo a favor de Jader. Com a decisão, o candidato ao Senado deverá ocupar a vaga de Marinor Britto (Psol-PA).
Caso - Jader foi barrado pela Lei da Ficha Limpa em outubro do ano passado por ter renunciado ao mandato no Senado para escapar de um processo de cassação. Ele é suspeito de desviar recursos do Banpará e da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). A Lei da Ficha Limpa, sancionada em junho de 2010, torna inelegíveis os políticos que renunciarem para escapar de punição.

“Diante do empate e da indicação da nova ministra, a indicação é aguardar a nomeação e a posse para resolver o impasse”, determinou Cezar Peluso na votação de 9 de novembro. Rosa Maria Weber Candiota teve o nome aprovado pelo Senado nesta terça-feira e aguarda a nomeação da presidente Dilma Rousseff para ocupar a 11ª cadeira do STF.

terça-feira, novembro 01, 2011

Bêbado, Jader Barbalho esculhamba com Sarney em ligação telefônica

No Blog do John Cutrim


Essa aqui foi repassada por uma fonte fidedigna do blog. Depois de passar a noite toda entornando todas em casa, a base de muito Whisky Johnnie Walker, o senador eleito Jader Barbalho (PMDB-PA) decidiu ligar, lá por volta da meia noite, já ‘tochado’, para o presidente do Senado, José Sarney. Nem bem este atendeu e Barbalho foi logo soltando o verbo, dando o maior esporro para cima do maranhense. “Pôxa Sarney, você não vai me deixar assumir [no Senado] mesmo? Isso não é justo, por causa do Capiberibe [senador eleito pelo Amapá e adversário político de José Sarney] eu to pagando um pato que não é meu”, disparou. O episódio ocorreu semana passada.

Jader foi o segundo candidato mais votado no Pará em 2010, mas teve o registro negado com base na Lei da Ficha Limpa por ter renunciado ao cargo para escapar de possível processo de cassação. No entanto, no início deste ano o STF estabeleceu que a Lei da Ficha Limpa não podia ser aplicada nas eleições de 2010. Com base nessa decisão a defesa do ex-senador pede o reconhecimento de seu mandato.


No entanto, Jader ainda não assumiu pelo fato de sua situação ser quase idêntica a do senador eleito João Capiberibe (PSB-AP), adversário histórico de Sarney no Amapá. O socialista concorreu às eleições de 2010 com o registro de candidatura indeferido por conta da Lei da Ficha Limpa, numa armação arquitetada por Sarney que cassou seu mandado em 2004 por suspeita de compra de votos. Como o STF decidiu que as novas regras de inelegibilidade não poderiam valer para o pleito passado, Capiberibe recorreu à mais alta corte do país e, assim como Jader Barbalho, aguarda ser empossado. Dessa forma, Sarney, junto a sua rede de influência no judiciário, segura a posse de Barbalho para não abrir também para Capiberibe.

Depois de passar quase dez minutos esculachando com Sarney, Jader pensou ter caído a ligação. Na verdade era o presidente do Senado, tremendo-se do outro lado da linha, em silêncio sepulcral, ouvindo, calado, todos os desaforos do paraense. No final, Barbalho fez um desabafo relembrando os “favorzinhos” feitos a Sarney, numa forma indireta de cobrar pelos serviços prestados. Quando resolveu falar Sarney foi logo tratando de acalmar o colega, negando os fatos imputados, o que era esperado. Após as esculhambações, Sarney não conseguiu mais dormir.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...